Assédio moral aterroriza Gigad/SP

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Apcef-SP (Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de Sao Paulo) apuraram que na Gigad/SP empregados pediram transferência com lateralidade ou mesmo ganhando menos; alguns outros estão afastados por adoecimentos e muitos trabalham mesmo doentes; existem processos judiciais abertos por bancários; e até mesmo pedido de demissão. Os fatos acima evidenciam o clima de terror instalado na Gigad/SP, onde a postura assediadora do banco leva empregados ao limite do estresse, provocando o adoecimento dos trabalhadores.


De acordo com denúncias de empregados da Caixa e com a apuração feita pelas entidades, o clima na Gigad/SP começou a ficar insustentável com a chegada de uma nova gestora.

“Ela expõe os empregados, reclama das roupas, reclama de não usar maquiagem, chama de gordo, fala da barba, faz o pessoal fazer horas-extras não registrando saída, ameaça de descomissionamento, distribui advertências arbitrárias, rebaixou o GDP de quase toda a equipe. Não é por acaso que as pessoas fiquem mal, adoecidas, em um nível tamanho de estresse que pedem transferência para ganhar menos ou até mesmo pedem demissão”, relata uma empregada da Gigad/SP.

Para piorar o ambiente de trabalho na área, a Gipes (Gestão de Pessoas), ao invés de fazer uma apuração responsável sobre o caso, realizou pesquisa de clima na unidade, na qual os empregados foram expostos publicamente. Tinham de escrever no flip chart, na frente da gestora denunciada e demais colegas, possíveis reclamações.

“A pesquisa de clima acabou tendo um efeito contrário. As pessoas passaram a reclamar menos após a exposição”, explica bancária da área.  

“As denúncias de abusos na Gigad são muitas e recorrentes: piora do clima, impedimentos para que os colegas conversem entre si, PSI (Processo Seletivo Interno) dirigido, ameaças, entre muitos outros problemas que minam a relação de trabalho e a saúde dos empregados. A situação é insustentável”, enfatiza o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis.  

O Sindicato, em conjunto com a Apcef-SP, enviou ofício para a Vicli (Vice-Presidência Clientes, Negócios e Transformação Digital) e para  Gegad (Gerência Nacional) cobrando uma reunião para buscar providências que cessem os abusos enfrentados pelos empregados da área. 

“Estamos acompanhando a situação da Gigad com muita atenção. Aguardamos o agendamento da reunião para os próximos dias. Não podemos aceitar que uma situação que já é insustentável perdure por ainda mais tempo. Os empregados estão com a saúde prejudicada por conta do assédio moral a que são submetidos. Cobramos providências urgentes para que os trabalhadores possam trabalhar com dignidade e tranquilidade”, conclui Dionísio.