Chapa 1 é eleita, em exemplo de democracia

Mesmo em tempo de pandemia de coronavírus, os bancários e financiários de São Paulo, Osasco e região deram um exemplo de democracia, ao participarem massivamente da votação virtual que elegeu a Chapa 1 para comandar o Sindicato por três anos. Assim, a bancária Ivone Silva foi reeleita presidenta e ficará à frente da entidade até 2023.

“A eleição da Chapa 1, com mais de 94% dos votos, demonstra o apoio e a aprovação da categoria à gestão que estamos desenvolvendo à frente do Sindicato nos últimos anos. Mesmo em meio a uma pandemia e com grande parte dos sindicalizados em regime de home office ou em esquema de rodízio nas agências, os sindicalizados tiveram uma participação massiva na votação virtual. Em nome dos 88 integrantes da chapa quero agradecer os votos, o engajamento e a confiança que a categoria depositou em nós, e destacar que este Sindicato, um dos maiores e mais fortes do Brasil, continuará atuando na defesa dos trabalhadores, na luta contra retrocessos e na construção de um país mais justo para todos”, declarou a presidenta reeleita, Ivone Silva.

A chapa 1 é formada por dirigentes da CUT, CTB e Intersindical. A apuração se encerrou por volta das 23h, e a chapa 1 obteve 94,43% dos votos válidos; nulos foram 3.82% e brancos, 1,75%.

Pela primeira vez na história do Sindicato, que completou 97 anos em abril, a eleição foi feita de forma virtual, por meio de link disponibilizado no site da entidade. E ainda com três terminais de votação na sede, Regional Paulista e Regional Osasco, para os sócios que estivessem sem acesso à internet. A adoção da votação on line se deu devido à pandemia de coronavírus, e a consequente necessidade de isolamento social. O modelo já tinha sido adotado com sucesso em assembleias vituais que aprovaram a renovação de acordos específicos do Santander e do Itaú.

“Foi a forma encontrada para dar prosseguimento aos processos democráticos no Sindicato, sempre pautados pela decisão da categoria, e ao mesmo tempo para nos adequar à triste realidade atual, que nos obriga como cidadãos a evitar aglomerações em prol da saúde de todos”, destaca Ivone.

A presidenta lembra ainda que, por conta da atuação da entidade, mais de 50% da categoria bancária está trabalhando em regime de home office ou está afastada por fazer parte do grupo de risco à covid-19. “Fomos uma das primeiras categorias a se mobilizar pelo direito à vida, conquistando avanços importantes para a segurança dos trabalhadores, seus familiares e também para os clientes de bancos. Assim, em negociações por videoconferência com a Fenaban [federação dos bancos], conseguimos o home office, rodízio nas agências, adoção de protocolo recomendado pelos órgãos de saúde diante de casos confirmados da doença, e controle de entrada de clientes nas agências. E continuamos atentos para que nenhum direito ou acordo sejam desrespeitados”, enfatiza.

Ela destaca que uma grande conquista do Sindicato na mesa com as instituições financeiras foi o compromisso firmado pelos maiores bancos privados, Itaú, Bradesco e Santander, de não demitir enquanto durar a pandemia. “Isso garante um pouco de tranquilidade aos bancários neste momento de tanta apreensão e insegurança.”

Ivone lembra ainda que a força do Sindicato diante dos bancos depende da união e participação dos bancários, financiários e trabalhadores em cooperativas de crédito. “O Sindicato dos Bancários de São Paulo não somos nós, a diretoria da entidade. É cada um dos trabalhadores e trabalhadoras que compõem a nossa base. E é essa força que vocês demonstraram, ao participarem ativamente da eleição neste momento tão excepcional que estamos vivendo. É esse apoio que nos fortalece e que levaremos para as mesas de negociação com os bancos, na nossa campanha deste ano. Mais uma vez, muito obrigada.”