Contraf-CUT convoca bancários a se manifestarem contra MP 995

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) convoca toda a categoria bancária a se manifestar contra a Medida Provisória 995, que autoriza a criação de subsidiárias da Caixa Econômica Federal para vendê-las. A MP foi publicada na noite da última sexta-feira (7) e já está em vigor. Neste momento, a mobilização dos empregados é essencial para impedir que a medida seja aprovada no Congresso e torne-se lei. É hora de mostrar para a sociedade a importância de um banco 100% público.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Contraf-CUT, lembra que a pressão e mobilização de entidades representativas dos trabalhadores e da sociedade civil, que resultou em 412 emendas apresentadas por deputados e senadores contrários à MP. “A união de toda a categoria bancária é fundamental para mobilizar os parlamentares e a sociedade como um todo contra o enfraquecimento de um dos maiores patrimônios brasileiros, que é a Caixa 100% pública.”

Para Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), a ousadia do Governo em criar uma Medida Provisória, como se a venda de subsidiárias fosse urgente, em plena pandemia, demonstra que o governo escancarou o desejo de atender ao mercado. “Não vamos deixar. Com o pagamento do Auxílio Emergencial e de todos os outros benefícios, estamos provando, mais uma vez, a importância dos empregados e das políticas sociais do banco para atender a população mais carente deste país”, disse.

No portal e-Cidadania, que funciona para que todos os cidadãos possam opinar sobre as matérias que chegam ao Congresso Nacional, a MP 995 está entre as proposições mais votadas no dia. Nas últimas 24 horas, quase 10 mil pessoas se manifestaram contra a medida. Somente 259 opinaram a favor. Por meio do link abaixo, é possível votar contra e demonstrar a rejeição à tentativa do governo de vender um patrimônio público, que é essencial para amparar a população diante da desigualdade social do país.