Bancários do Mercantil aprovam acordos de PLR e auxílio educacional para 2020

As bancárias e os bancários do Banco Mercantil do Brasil aprovaram, por unanimidade, o programa próprio de PLR e o auxílio bolsa educacional propostos pelo banco para o ano de 2020, em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (11), no Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte.

A Assembleia foi realizada por uma questão legal, levando-se em conta que, segundo os preceitos da lei 10.101, a aprovação do acordo próprio de PLR deve ocorrer no ano anterior à sua vigência.

Na ocasião, funcionárias e funcionários foram informados sobre os avanços obtidos pelo Sindicato no acordo de PLR 2020, como a redução da meta do lucro do programa próprio, que caiu de R$ 270 milhões para R$ 240 milhões. Com o gatilho de cumprimento de 80% das metas, os bancários passam a receber a partir do atingimento de R$ 192 milhões de lucro em 2020.

Foi também conquistada a alteração no percentual de variação de despesas de 2019 para 2020. Agora, se não houver variação, ou seja, 0% de 2019 para 2020, o banco paga 100% da meta. Com variação de até de 5%, o Mercantil paga 80% da meta e, no caso de redução das despesas de -3,5%, paga se 120%, aumentando as chances de cumprimento das premissas desse quesito.

Em relação ao auxílio bolsa educacional, foi conquistado o reajuste no valor do benefício, que passou de R$ 240,00 para R$ 260,00 para cada bancário contemplado pelo programa.

Luta e conquistas contra a MP 905
Os funcionários do Mercantil do Brasil também foram esclarecidos sobre a importante conquista dos sindicatos em prol dos bancários contra a Medida Provisória (MP) 905. Um acordo aditivo foi assinado com os bancos, nesta terça-feira, 10, garantindo a neutralização dos efeitos da MP do governo Bolsonaro na categoria.

Desta forma, bancárias e bancários não precisarão trabalhar aos sábados, domingos e feriados, mantendo também a jornada de trabalho nos modelos atuais. Também ficou garantido que a PLR e os programas próprios continuarão sendo negociados com o movimento sindical, e não individualmente, como queriam o governo e os patrões.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, os funcionários presentes compreenderam a importância dos sindicatos na organização da categoria. “A Convenção Coletiva de Trabalho e os acordos coletivos de trabalho, como os que foram votados nessa noite, são grandes conquistas que só foram possíveis após muita luta e garra dos trabalhadores ao lado dos seus respectivos sindicatos. Foi a nossa mobilização, ao longo dos anos, que garantiu à categoria bancária diversos benefícios, como o vale-alimentação, o vale-refeição, o auxílio-creche, convênio médico, PLR, jornada de seis horas, licença-maternidade, entre outros”, esclareceu.

Já Vanderci Antônio da Silva, também funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, ressaltou a luta e os avanços contra a MP 905. “Foram mantidas importantes conquistas dos bancários que poderiam ser alteradas pela MP, como a jornada de seis horas, a não abertura das agências bancárias aos sábados e a negociação da PLR pelos sindicatos. A organização e a luta dos sindicatos garantiram mais essa vitória para os trabalhadores bancários”, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região