Caixa promove onda de descomissionamentos em Rondônia

A direção da Caixa Econômica Federal em todo o país tem intensificado a sua sanha de promover o descomissionamento (MO21182) arbitrário de empregados por meio da famigerada Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) após uma simples e única avaliação negativa.

Os bancários de Rondônia, no entanto, são cada vez mais atingidos pelos descomissionamentos (MO21182), promovidos pela Caixa Econômica Federal. O banco, agora, além de usar o recurso de descomissionamento via GDP, pratica tal injustiça sem qualquer justificativa plausível, sem qualquer motivo ou razão aparente, de forma totalmente indiscriminada. 

De acordo com o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e empregado da Caixa, Euryale Brasil, as denúncias recebidas são de que os descomissionamentos afetam a todos os empregados que tem direito a comissões. “Principalmente os gestores de agência e gestores de relacionamento, independente se esses empregados tenham recebido ou não alguma avaliação negativa, o que, por si só, já é um ultraje para o trabalhador”, destacou. 

E para piorar alguns empregados também estão sendo transferidos de uma agência para outra – muitas vezes de um município para outro – sem aviso prévio por parte do banco, o que afeta não apenas a carreira do trabalhador, mas a sua vida, a sua rotina social e familiar. 

“Não se pode admitir que o banco chegue, do nada, e determine que um empregado se mude, com a sua família, de uma cidade para outra, para que ele possa ser transferido de uma agência para outra. Isso é desrespeitoso e desumano”, avalia Euryale.

O MO 21 182
O MO 21 182 faz parte do RH 184 versão 33, editado pelo banco em 2016, que também criou o Caixa Minuto, acabando com a função de caixa, e formulou a tese do “descomissionamento motivado” (Motivo de Descomissionamento 952), que não garante direito ao asseguramento – pagamento do valor da gratificação de função por um prazo de tempo – e nem à incorporação das gratificações de função. 

Com isso, a GDP apresenta diversas questões subjetivas como se fossem critérios objetivos para o descomissionamento sumário, pressionando ainda mais o trabalhador. 

Para os representantes dos empregados da Caixa essa é mais uma tentativa da direção do banco em retirar a função dos empregados do banco público, retirada de direitos e o desrespeito à incorporação de função, que garante a manutenção da remuneração da função para o empregado que tenha exercido o cargo por pelo menos 10 anos. 

“Vale salientar que a liminar, interposta pela Contraf-CUT e que mantém a versão do RH 151 ainda está valendo, pois ainda não houve julgamento”, concluiu o dirigente.

Fonte: Seeb Rondônia