Conselheiros eleitos divulgam manifesto em defesa dos bancos públicos

No encerramento do seminário “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, promovido nesta terça-feira (29), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Fenae), os conselheiros dos bancos públicos eleitos pelos trabalhadores divulgaram manifesto repudiando o direcionamento político e econômico do atual governo, que tem resultado no desmonte do patrimônio público brasileiro.

Participaram do seminário economistas, lideranças sindicais parlamentares e dirigentes de entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, Banco do Brasil e bancos regionais. Esses representantes, também manifestaram apoio ao documento dos conselheiros.

Para os participantes do evento, a política neoliberal de Bolsonaro ataca por todos os lados o patrimônio brasileiro e promove a retirada de direitos dos trabalhadores. “Um país com projeto nacional precisa de empresas públicas fortes e bancos públicos para financiar o desenvolvimento”, apontou Rita Serrano, conselheira eleita da Caixa.

No manifesto, os conselheiros eleitos afirmam que para se ter um país mais justo e inclusivo é preciso ter bancos públicos fortes. “Eles são centrais no desenvolvimento do Brasil porque financiam grandes investimentos a longo prazo, além da agricultura familiar, produtores rurais e micro e pequenas empresas, todos produtivos e de interesse social”. O documento também destaca que os bancos públicos implementam políticas públicas de forma mais eficiente e barata.

“Os bancos públicos sempre exerceram um preponderante papel na economia do país, atuando de forma decisiva no desenvolvimento econômico social. Destaca-se que, historicamente, a criação dessas instituições se impôs como uma reposta aos problemas estruturais da economia brasileira, para resolver os problemas de transferência espacial ou intersetorial de recursos para regiões ou setores mais atrasados da economia (ou para novos setores), cujo interesse das instituições privadas sempre se mostrou nulo ou pouco expressivo”, ressalta a nota.