Contraf-CUT cobra retomada da mesa de negociações com a Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício à Caixa Econômica Federal solicitando a retomada das negociações entre a representação dos empregados e a representação da Caixa.

“Valorizamos o processo de negociações entre os trabalhadores e o banco e nosso acordo prevê a manutenção de mesa permanente para realizar tais tratativas. Estas não devem ser interrompidas em nenhum momento”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Em seu ofício, a Contraf-CUT ressalta que existem diversas pautas urgentes que estão pendentes de discussão entre os trabalhadores e o banco, dentre os quais o debate sobre o modelo de custeio e de gestão para o Saúde Caixa.

“Precisamos avançar nesta discussão, para que possamos apresentar o debate e a proposta aos empregados, que farão sua escolha através das assembleias convocadas pelos sindicatos”, afirmou a coordenadora da CEE, lembrando que este processo demanda tempo para sua execução. “O debate fica parado e depois o banco quer nos impor um calendário corrido, com tempo reduzido para a apresentação da proposta, esclarecimentos e debates com os empregados”, observou.

Outras pautas pendentes

Fabiana lembrou que, além do Saúde Caixa, existem muitos outros assuntos pendentes de debates na mesa de negociações.

“Por duas vezes seguidas a Caixa pagou aos empregados valor a menor do que está definido em nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Isso não pode se tornar uma constante. Se existem regras para o pagamento, estas devem ser seguidas. O banco não pode pagar da forma, quando e quando der na telha”, exemplificou a dirigente da Contraf-CUT. “Mas, também queremos debater o GDP (programa de Gestão de Desempenho de Pessoas), a Funcef, a promoção por mérito, a forma de se estabelecer metas, para que não haja a imposição de metas inatingíveis, a garantia da segurança para o retorno ao trabalho presencial e a contração de mais empregados concursados”, disse. “Isso dos assuntos que me vem à cabeça no momento”, concluiu.