Justiça marca nova audiência para tratar de reestruturação da Caixa

Uma audiência inaugural foi realizada, nesta quarta-feira (4), na 6ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Brasília, para tratar do processo de reestruturação na Caixa Econômica Federal. Como não houve conciliação entre o banco e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), que representa os empregados no processo, foi marcada uma audiência de instrução para 13 de abril.

No dia 11 de fevereiro, a Contraf-CUT obteve uma liminar prorrogando o prazo para manifestação dos empregados, em 15 dias. Na liminar, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou o imediato sobrestamento do processo até a realização de reunião e de tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação. No dia 12 de fevereiro, as representações dos trabalhadores se reuniram com a Caixa, mas não houve acordo.

O juiz determinou ainda que o banco reformulasse o cronograma de adesão e fixasse novos prazos para adesão pelos empregados, não inferior a quinze dias após a conclusão das negociações.

As entidades representativas dos trabalhadores orientam os empregados e empregadas a denunciarem o descumprimento da prorrogação do prazo, previsto na liminar, para os empregados manifestarem adesão, encaminhando as informações por e-mail à Contraf/CUT ou entrando em contato com o sindicato do seu Estado.

“É fundamental que os trabalhadores se mantenham mobilizados e resistam a esse total desrespeito aos seus direitos. Temos recebido informações de que a Caixa está fazendo reestruturações em outras áreas e orientamos os empregados a denunciem às entidades representativas os problemas que estão ocorrendo”, destacou o secretário de Finanças da Contraf-CUT e vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto.

Segue o desrespeito e da dança das cadeiras
Os regionais e superintendentes que não ficaram aptos para a Superintendência Executiva de Varejo (SEV) têm agora apenas as opções de decesso ou transferência. “Este é mais um ato abusivo e desrespeitoso com os empregados. Esta desestruturação já está atingindo os cargos mais altos. Ninguém está isento deste absurdo. Não vamos permitir. Ninguém solta a mão de ninguém”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, ao lembrar que a Comissão representa todos os trabalhadores do banco, sem nenhuma distinção.

A Contraf-CUT orienta a todos os empregados de todas as funções que, caso seja oferecido só decesso e transferência, ele deve colher prova de toda a documentação e buscar o sindicato de sua base.