Santander ignora recordes de mortes por covid e convoca bancários a retornarem ao trabalho presencial

O Brasil registrou nos últimos sete dias uma média móvel de 1.208 mortes diárias pela covid-19, segundo levantamento do consórcio de imprensa com base em números divulgados pelas secretarias estaduais da saúde. Trata-se do segundo recorde consecutivo registrado nesta média. Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil já contabilizou mais de 255 mil mortes e 10,549 milhões de casos confirmados do novo coronavírus.

Estes números alarmantes, todavia, são ignorados pela direção do Santander, que voltou a convocar bancários ao trabalho presencial de algumas áreas no Radar e na Bráulio Gomes.

“Enquanto o número de mortes e contágio pela covid-19 lamentavelmente aumenta exponencialmente no país, o Santander dá de ombros e volta a chamar os bancários ao trabalho presencial nestes dois locais. Já contatamos o banco e exigimos que o Santander, a exemplo do que já acontece em outras áreas, faça um rodízio dos funcionários”, ressalta a dirigente sindical Silmara Silva, bancária do Santander.

A dirigente lembra que o rodízio é uma forma de minimizar os impactos e o contágio entre os trabalhadores. E acrescenta que caso o bancário seja infectado pela covid-19 por se expor no transporte público ou até mesmo no ambiente de trabalho, deve procurar o Sindicato para receber as devidas orientações para abertura de CAT (veja abaixo como nos contatar).

“A parcela da população vacinada ainda é irrisória, e algumas autoridades anunciam a todo o momento medidas drásticas no intuito de frear o contágio e o número de mortes pela covid-19. Com mais essa atitude, que corrobora com a política negacionista e genocida do governo Bolsonaro, o Santander vai na contramão do respeito à saúde e à vida dos trabalhadores”, acrescenta.