Trabalhadores denunciam abusos do Santander nas ruas de São Paulo

As ruas e imediações de agências, unidades administrativas e de centrais de atendimento do banco Santander na cidade de São Paulo amanheceram, nesta quinta-feira (5), com faixas de protesto contra demissões, assédio moral e falta de condições de trabalho. Os atos acontecem desde quinta-feira (28), quando sindicatos dos bancários de todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para denunciar diversas práticas do banco Santander que prejudicam os trabalhadores.

Os bancários apontam casos recorrentes de demissões, desrespeito à saúde ocupacional e às condições de trabalho, além de problemas no plano de saúde e no vale alimentação.

“O banco também tem colocado trabalhadores e clientes em risco com a retirada de portas de segurança de agências. Na semana passada fizemos atividades nas agências e departamentos do banco para protestar contra essa situação. Agora, vamos mostrar para os clientes e toda a sociedade o que o banco espanhol faz com os trabalhadores brasileiros”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com o Santander.

“Mesmo tendo sido alertado dos problemas e das reivindicações dos trabalhadores, não houve qualquer manifestação do banco no sentido de apresentar soluções, nem mesmo de chamar as representações dos funcionários para negociar sobre os pontos apresentados”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

As faixas estendidas nas praças, calçadas e nos cruzamentos de diversas ruas da cidade alertaram motoristas e pedestres que o “Santander = Lucro recorde e demissões às vésperas do Natal”; que o “Santander adoece e demite seus funcionários”; o “Santander explora os trabalhadores”; e que o “Brasil (está) em crise e o Santander lucrando mais do que nunca!”.